Osu No Seishin
Osu no seishin O espírito de perseverança
Uma das filosofias mais importantes em Karate Kyokushin, é a de sempre persistir. Se um homem pode persistir durante três anos, o Karate-Ka facilmente aguentará dez anos.
Kyokushin é uma arte que oferece muito, de acordo com os objectivos a curto ou a longo prazo do estudante. O estudante acaba por perceber que ultrapassar o que julgava ser o seu limite nas longas séries de repetição das técnicas proporciona um espírito especial. Isto ensina-o a encarar as exigências do dia–a–dia com uma atitude madura e paciente. Golpes de adversidade não abalam facilmente o Budo-ka, que se apercebe que para se aproximar do seu potencial máximo é preciso um espírito de perseverança e “nunca desistir”. O primeiro indício deste espírito, ocorre no novo estudante, quando ele decide libertar-se durante o treino e criar desafios em pequenas coisas, tais como: só mais uma flexão, só mais um salto, antes de desistir.
É neste humilde, mas vital início, que cresce o desejo de se desafiar a si próprio. Aprende-se a encarar o conjunto do Karate como um sério desafio e com o que se pode aprender muito sobre a vida.
Um estudante desafia a Kata e esforça-se para compreender o espírito que ela engloba. Um estudante enfrenta o seu oponente em Kumite (combate) e aprende que os pequenos hematomas são realmente preocupações menores, face a aceitar o desafio a si próprio. Em muitas Artes Marciais o Kumite tem pouco conceito da realidade, ou simplesmente não existe. Como é que se pode reagir em confiança numa situação para a qual não fomos treinados? Pode ser muito educativo quando se dá um murro a alguém com o que pensávamos ser um golpe final, e o oponente se mantém em pé com um sorriso na cara? Como é que se pode realmente esperar lidar com êxito e maturidade com uma confrontação real sem o teste do verdadeiro Kumite?
Esta força de carácter desenvolve-se em treino árduo e é conhecido como Osu no Seishin. A palavra Osu vem de Oshi Shinobu, o que quer dizer “ perseverar enquanto se é empurrado “ . Isto implica disposição, de nos empurrar até ao limite de resistência, de perseverar sob qualquer pressão. No seu mais profundo, a palavra torna-se ambígua, um apelo muito pessoal à alma de parar e lutar e assim, ultrapassar as fragilidades da condiçao humana, que são tão comuns a todos nós.